Nomi, do verbo nomu, beber. Beber etílicos, bem entendido. Aruki, do verbo aruku, andar. Seria o equivalente a “de bar em bar”. A iniciativa coube a uma dupla que pretende fazer barulho no ramo das bebidas importadas do Japão. De um lado, Alexandre Iida, o Sake Samurai do Brasil, maior autoridade da bebida típica japonesa. De outro, um novato no ramo, Sergio Mizoguchi, empresário do ramo de importação, que resolveu investir no negócio de trazer etílicos japoneses para o Brasil, sob a curadoria de Alexandre Iida. O evento aconteceu no dia 20 de novembro de 2017, e reuniu jornalistas, críticos gastronômicos, empresários do ramo de gastronomia, chefs e someliers, além de representantes de instituições governamentais como o Consulado Geral do Japão, e semi-governamentais, como a Jetro.
Alexandre Iida e Sergio Mizoguchi acabaram de retornar do Japão, participando do Circuito de Sake 2017, um projeto de sucesso idealizado por Iida. Neste Circuito participaram 9 pessoas mais Iida liderando a viagem toda, todos adoradores da bebida japonesa, que percorreram algumas importantes adegas de saquê artesanal. É com base em experiências assim, e mais uma dose cavalar de paixão pela bebida, que nasceu o projeto de trazer saquês diferenciados, produzidos em menor escala e que preservam princípios seculares de preparação.
Este evento é praticamente um batizado da marca Aruki no Brasil, e apresentou 18 rótulos ainda inéditos no mercado brasileiro, selecionados criteriosamente. As garrafas vieram das províncias de Saga, Hyogo, Hiroshima, Fukushima, Gifu e Niigata.
Nem o feriado do dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), espantou os convidados que compareceram em peso, em horários escalonados, para não congestionar o salão do Restaurante Tarsila, no Hotel Intercontinental, no coração dos Jardins, em São Paulo.
O evento foi só uma amostra do que está por vir e deve revolucionar o mercado de saquê no Brasil. A procura não só está aumentando, mas o público está exigindo diversidade e principalmente qualidade, o que vai exigir também que os kikisakeshi, os sommeliers especializados em saquê se atualizem e não fiquem em indicações extraídas da zona de conforto, oferecendo marcas mais conhecidas ou populares.
De fato, o saquê impressiona como bebida versátil. Ele pode ser tomado quente, morno ou frio, de acordo com a preferência ou o clima. Além dos já bem conhecidos Ginjo, Daiginjo e Junmaishu, devem entrar no mercado com mais presença, linhas diferenciadas de saquê, como o nigori (saquê não filtrado), nama (saquê não pasteurizado) e os festivos saquês espumantes.
Veja aqui a entrevista de Alexandre Ida para os críticos Helena Galante e Arnaldo Lorençato, para o canal da revista Veja em São Paulo (ou clique na imagem abaixo para ver)
Fotos do Evento Nomiaruki: Rafael Salvador
Video do Evento Nomiaruki: Gladstone Campos