Vamos colaborar para produzir o documentário do Chawan Project?

O Chawan Project é uma iniciativa da ceramista Hideko Honma, que pretendeu reunir todos os ceramistas japoneses, que trouxeram sua arte e técnica ao Brasil. “Eu mesma fui iniciada na cerâmica através destes mestres japoneses, e não podia deixar de expressar minha gratidão pelos seus ensinamentos”, explica Hideko, sobre a razão em empreender este projeto.

Todo mundo reunido ! Da esquerda para a direita: Akinori Nakatani, Shoko Suzuki, Hideko Honma, Soichi Hayashi, Kimi Nii, Shugo Izumi, Mitsue Yuba e Kenjiro Ikoma, no primeiro encontro. (foto: Nikko Fotografia| Marcel Uyeta)

Foram sete meses de trabalho e ação. Os ceramistas Kenjiro Ikoma, Akinori Nakatani, Kimi Nii, Shugo Izumi e Mistue Yuba falaram a um público muito animado e atento na Japan House, em São Paulo, entre junho e dezembro de 2018. O primeiro encontro teve a participação do pesquisador de cerâmica e mestre de cerimônia do chá da Escola Urasenke do Brasil, Souichi Hayashi. (clique em cada um dos nomes que você poderá ver como foi a palestra de cada um). 

O tema foi o chawan, aquela tigela onde se come arroz, nas refeições japonesas. Sim, para os japoneses, é um utensílio essencial. O arroz é a base de toda a alimentação japonesa. O branco do arroz simboliza a pureza e tem uma conotação sagrada, que vem de uma origem xintoísta. Por isso, é comum os japoneses oferecerem uma tigela de arroz no altar de suas casas, reverenciando os antepassados. O chawan é companheira no dia-a-dia e muita gente gosta de ter o seu próprio chawan.

Mas não é tudo igual? Não. Cada chawan tem um peso e uma textura diferente. Alguns preferem uma rugosidade para sentir melhor a cerâmica. Outros preferem porcelana, lisa. E tem os desenhos, as cores, os matizes que variam de acordo com a queima. Ter um chawan personalizado, só seu, não é um capricho. Afinal, é nele que você vai se servir quase todos os dias.

Por exemplo, o meu primeiro chawan é este, do artista Megumi Yuasa. Ele me acompanha há exatos 40 anos, pois comprei em 1978, ainda estudante, quando o visitei em seu atelier. O dinheiro não foi suficiente e o ceramista gentilmente, me deu um desconto: aceitou o pouco que tinha na carteira. Megumi, com idade já avançada, não pôde participar do Chawan Project. Acredito que seja uma cerâmica Raku, é rica em texturas e exibe um craquelado interessante.

Meu primeiro chawan foi feito por Megumi Yuasa. (foto: Jojoscope)

Este comentário sobre o primeiro chawan despertou em algumas pessoas a curiosidade de procurarem o seu. Há um relato de uma pessoa que descobriu que ele estava lá, escondido mas bem guardado. De repente, o chawan desencadeou uma busca pela memória afetiva.

São muitas histórias que o chawan revela. Todos os ceramistas que participaram falaram de suas técnicas e de sua arte, mas achamos oportuno levantar este lado afetivo que envolve os utensílios de nosso cotidiano.

Para saber mais sobre a mesa-redonda que finalizou o Chawan Project, clique aqui.

Catarse para realizar um documentário

Esses encontros produziram uma avalanche de informações inéditas. Muitos dos ceramistas participantes nunca haviam feito uma palestra contando sobre sua arte. Muitas facetas vieram à tona e a público pela primeira vez. Por sorte, todas as palestras foram gravadas. Agora chegou a hora de compilá-las e editá-las.

O Chawan Project abriu uma campanha no Catarse, site de financiamento coletivo (crowdfunding), para reunir recursos para produzir um documentário sobre os sete encontros realizados, em 2018, sobre chawan. Juntos, esses encontros formam uma grande história sobre cerâmica, imigração japonesa, desafios, técnica e encantamento por essa arte. Então, um documentário contando tudo isso faz todo sentido, especialmente agora que a comunidade caminha para o 111º aniversário da imigração japonesa no Brasil.

Clique aqui para saber mais e participar do crowdfunding.

O objetivo da campanha de crowdfunding é atingir um total de R$ 40 mil. As doações são a partir de R$ 100, e a cota maior é de R$ 1.000,00 e podem ser feitas até o dia 16 de fevereiro. Não deixe de participar pois você estará fazendo parte da história. Aliás, sua contribuição irá viabilizar o registro desta história.

Foi criado um evento no Facebook também. Lá vocês podem ver mais detalhes sobre o projeto e o andamento da captação. 

clique na imagem e entre direto na página do Catarse Chwan Project

Por que o video documentário? 

  • Os sete encontros resultaram em quase 14 horas de depoimentos gravados ! Todos com valor monumental, pois cada ceramista trouxe o melhor de si nestas palestras, revelando suas pesquisas, seu processo de trabalho, sua história, seus dramas e sua filosofia. 
  • Estes ceramistas nunca tiveram a oportunidade de expor o seu universo. E é um legado precioso para quem está aprendendo cerâmica e também para a história desta arte no Brasil. 
  • Sim. Trata-se de história. Muito se fala da história da imigração japonesa no Brasil. Afinal, são 110 anos de história. A saga é contada a partir do sucesso dos imigrantes na lavoura e depois em outros campos de atuação até a perfeita integração na sociedade brasileira. Mas pouco se fala sobre o seu legado artístico. Estas 14 horas de gravação estão recheadas de passagens e pensamentos sobre este legado, colhidas de forma inédita. 
  • Como não houve até agora, uma bibliografia sobre a atuação destes ceramistas, este ciclo de palestras talvez seja a primeira iniciativa onde estes ceramistas depositaram seus depoimentos. 
  • Os ceramistas não criaram escolas, e muitos nem discípulos têm. Este video documentário será um registro inestimável de suas atividades para a história e será certamente uma das poucas referências sobre o trabalho deles. 
  • Além das palestras, serão incluídos takes dos ceramistas em seus estúdios para dar mais dinamismo ao produto final. 
Akinori Nakatani dando sua palestra. (foto: Nikko Fotografia)

E por que devo contribuir para a realização deste video documentário?

  • Viabilizando este video documentário, você será o agente que possibilitou o registro deste legado para o futuro. 
  • E há muitas recompensas. Com R$ 500,00 você ganha uma cerâmica de Hideko Honma ! Com R$ 1.000,00 ganha um workshop com Hideko Honma, já pensou? 
  • Mais pessoas irão se interessar pela arte da cerâmica, seja como ofício, seja como aprimoramento pessoal e até hobby. É uma arte que os brasileiros ainda não descobriram e o resultado é fascinante: tem o lado artístico mas também o lado utilitário. 

O que é o Catarse
A maior comunidade de financiamento coletivo do Brasil! Muitos projetos já foram realizados através da captação de fundos coletivos, com bastante segurança. 
O Chawan Project lançou sua proposta no Tudo ou Nada. Ou seja, se não conseguir captar o valor em meta, as contribuições serão devolvidas. Os lances podem ser dados por cartão de crédito e você pode ter a certeza que o montante conquistado será integralmente aplicado na viabilização do projeto, pois o próprio Catarse acompanha o desenvolvimento de cada projeto até a sua conclusão. 

Acompanhe o projeto no Facebook

 

  

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