A artista visual e pintora Mika Takahashi está em evidência. Atualmente ela está em cartaz em três importantes exposições, simultaneamente, na cidade de São Paulo.
Confiram.
Na SP-ARTE Rotas Brasileiras, Mika está no espaço da Galeria Hoa Bloood.
Local: ARCA, Av. Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina, São Paulo
Mais informações: SP-ARTE.
Até o dia 1 de setembro, com ingressos quase esgotados.
Rotas Brasileiras é uma feira que toma a arte brasileira e suas histórias como ponto de partida, reunindo expositores que valorizam a potência e a pluralidade artística do país. É uma feira de descobertas, com projetos que refletem tanto o que está despontando na cena, como também resgata e homenageia grandes criadores e criadoras da arte brasileira e aquelas que a influenciam.
A 3ª edição de Rotas Brasileiras ocorrerá de 28 de agosto a 01 de setembro de 2024, na ARCA, e contará com a direção artística de Rodrigo Moura. Junto à SP–Arte, Moura vai colaborar com as galerias no desenvolvimento artístico dos projetos para a feira. Rodrigo Moura é curador, editor e crítico de arte brasileiro. Desde 2019, atua como curador-chefe no Museo del Barrio (Nova Iorque).
Para a terceira edição, a feira reafirma o propósito de reunir diversos agentes que formam o sistema das artes, incluindo galerias de arte, instituições culturais e espaços autônomos.
Mika Takahashi está no espaço da Galeria Hoa Blooood.
Na Galeria Fortes D’Aloia & Gabriel, em parceria com a HOA BLOOOOD
Rua James Holland, 71, Barra Funda, São Paulo SP
Até o dia 31 de agosto.
Fortes D’Aloia & Gabriel e HOA apresentam RAW!, exposição coletiva simultânea interseccional, fundamentada na produção de artistas de ambos programas e distribuída por dois galpões na Barra Funda.A partir do desejo compartilhado de promover trocas e explorar modelos horizontais de organização, Fortes D’Aloia & Gabriel e HOA fundem diferentes gerações de artistas e suas respectivas abordagens, linguagens e mídias em uma única mostra de intercâmbio entre os espaços expositivos de ambas as galerias.
Em exibição a partir de 22 de junho, RAW! subsidia um campo de articulações para diálogos convergentes entre jovens artistas e nomes já estabelecidos por meio da expressão. Do vídeo à escultura, a exposição reúne práticas diversas em categorias instalativas, audiovisuais e pictóricas.
A HOA abre suas portas a uma escultura imersiva de Ernesto Neto em contraste com o trabalho de Nidia Aranha e, também, abriga a primeira edição da programação presencial do fdag-film, plataforma digital de vídeo-arte e imagem em movimento da Fortes D’Aloia & Gabriel. Ao longo da exposição serão apresentadas obras de Babi Mello, biarritzzz, Caio Rosa, Cristiano Lenhardt, Ivens Machado, Nico Mascarenhas, Rivane Neuenschwander, Ernesto Neto, Rodrigo Cass, Sara Ramo e Janaina Tschäpe, entre outros. Corpo, natureza, movimento e tecnologia – em composições que sobrepõem escalas de tempo – torcem as narrativas estabelecidas.
Na FDAG, pinturas, fotografias, esculturas e assemblages dão forma a um espaço atravessado por tensões entre cor, textura e matéria. Os trabalhos de Ana Clara Tito e Iah Bahia empregam o contraste entre materiais da construção civil e tecidos frágeis, enquanto as obras de Igi Lola Ayedun, Anderson Borba e Almeida da Silva organizam superfícies carregadas de informação textural, recompondo a materialidade habitual de seus suportes. Beatriz Milhazes, Janaina Tschäpe, Leda Catunda, Mariana Rocha e Marina Rheingantz apresentam composições que sugerem expansão e movimento, comunicando um ritmo vital e encadeando visões oníricas. As pinturas de Bertô, Márcia Falcão e Mika Takahashi trazem gestos marcados que traduzem o corpo-a-corpo da sua fatura, assim como materiais corriqueiros são ressignificados nas práticas de Antonio Tarsis e Derrete, traduzindo a aspereza da atmosfera urbana.
Ainda passeando pela curadoria hospedada na FDAG e na HOA, os trabalhos de A Loja de Atrocidades e h4wnee, nos quais a variedade de elementos levam à desorientação pela simultaneidade, formam um contraponto à solidão metafísica da escultura de Efrain Almeida ou à placidez alegórica da fotografia cotidiana de Mauro Restiffe e Rafaela Kennedy. As esculturas de Cristiano Lenhardt, Erika Verzutti e Labö Young reconfiguram elementos da arquitetura vernacular, experiências volumétricas e texturais que suscitam silhuetas orgânicas. Finalizando o ciclo condutor da exposição, o limiar entre o humano e o inumano dos trabalhos de Janice Mascarenhas e Nídia Aranha distorcem a consistência do corpo na referência à tecnologia reprodutiva e à objectualidade, por meio da encenação crítica em oscilação entre sujeito e objeto.
Na Casa Zalszupin
Curadoria de Yudi Rafael.
Até o dia 10 de outubro.A exposição “Intimidade das Formas” se debruça sobre a produção artística nipo-diaspórica em São Paulo, reunindo uma coleção de desenhos, pinturas, esculturas e peças de mobiliário que evidenciam a intersecção entre trajetórias artísticas na cidade e aludem à dimensão produtiva da intimidade entre pessoas, objetos e as formas orgânicas do seu entorno.
A mostra, sob a curadoria de Yudi Rafael, reúne nomes como Tikashi Fukushima, Tomie Ohtake, Kimi Nii, Massao Okinaka e Mika Takahashi, artistas que compartilharam e compartilham de interesses artísticos e relações de amizade e trabalho, ocupando com suas obras diferentes ambientes da casa. Estas relações formais e afetivas são complementadas, ainda, por diálogos intergeracionais e aproximações espaciais por meio de trabalhos comissionados para a ocasião.
Em sintonia com as obras da exposição, o mobiliário de Claudia Moreira Salles complementa esse panorama. Igualmente sintético e assertivo, com uma geometria sensível e rigorosa, gestual e afetiva, as peças em lançamento durante a mostra servem como mais um ponto de encontro entre as obras de arte e a arquitetura da casa.
A Casa Zalszupin, um ícone do modernismo, foi projetada pelo arquiteto polonês-brasileiro Jorge Zalszupin, que trouxe ao Brasil a fusão entre o rigor escandinavo e a expressividade brasileira. Desde 2021, a casa, localizada em São Paulo, oferece um programa de exposições voltadas ao encontro entre arte, arquitetura e memória, com o objetivo de expandir o escopo das incursões nos modernismos brasileiros e suas constelações culturais de matrizes não europeias.
A mostra é uma parceria com a ETEL Design e ALMEIDA E DALE.