Seminário gratuito divulga bebidas típicas do Japão: sake, shochu e awamori
Com atrações culturais e degustação gratuita, o Seminário Kokushu – Uma Dose de Japão quer abrir portas para marcas de sake, shochu e awamori no Brasil
Os fãs da cultura e gastronomia japonesa têm uma oportunidade única de conhecer mais sobre as três bebidas alcoólicas típicas do Japão: sake, shochu e awamori. O seminário Kokushu: Uma Dose de Japão, que acontece no dia 10 de agosto, das 15h às 20h, no Nikkey Palace Hotel, na Liberdade, em São Paulo, é o maior evento para divulgar as três bebidas japonesas a ser realizado no País. Promovido pela Associação de Fabricantes de Sake e Shochu do Japão (JSS), conta com o apoio do governo japonês através da Jetro (The Japan External Trade Organization) e do Consulado Geral do Japão em São Paulo. “O objetivo é que as bebidas conquistem mais apreciadores”, afirma o sommelier de saquê Alexandre Tatsuya Iida, o porta-voz brasileiro do seminário. O evento conta com os auspícios do Kokuzeicho, a Receita Federal do Japão.
Na primeira parte do evento, a partir das 16h (welcome coffee a partir das 15h), estão previstas palestras com três fabricantes de cada uma das bebidas. O saquê ficará a cargo de Masumi Nakano, presidente da Dewazakura Sake Brewery; o shochu, com Hisanori KOMAKI, diretor da Komaki Brewing; e o awamori, com Tsutomu OSHIRO, presidente da Chuko Awamori Distillery.
O porta-voz brasileiro é o sommelier de saquê Alexandre Tatsuya Iida, proprietário da Adega do Sake, e um dos principais especialistas da bebida fermentada de arroz no Brasil. Iida é o único brasileiro nomeado Sake Samurai, uma espécie de embaixador da bebida, pela The Japan Sake Brewers Association Junior Council.
No final do seminário será exibido o animê KANPAI, sucesso no Japão, em versão dublada para o português.
ATRAÇÕES CULTURAIS
A partir das 18h30, começa a parte cultural e gastronômica. Os produtores participantes vão apresentar os rótulos de sake, shochu e awamori. Será realizada uma degustação gratuita de bebidas para os inscritos.
O público vai ser recebido na calçada por uma performance de taiko (tambor japonês). A Associação Brasileira de Ikebana prepara cinco grandes instalações de ikebana. O ponto alto promete ser a cerimônia de xintoísta Kagami Biraki, que é a quebra dos barris de saquê para desejar sorte e prosperidade. O animê Kampai (dublado em português) vai ser exibido no mezanino.
Na parte musical, haverá um concerto com Shen Ribeiro (flauta), Tamie Kitahara (koto) e um pocket show do cantor Joe Hirata.
SOBRE O SAKE
O sake é a bebida-símbolo do Japão mais conhecida no Ocidente. É feito a partir da fermentação do arroz há mais de 2 mil anos. A partir do século 19, começou um processo de refinamento da produção que continua até os dias atuais. Com graduação alcoólica próxima de 15%, tem sabor suave, principalmente, o do sake premium, que é feito de grãos de arroz mais polidos que os dos básicos. Hoje são cerca de mil fábricas no Japão, que ainda produzem sakes típicos de cada região, conforme a dieta do local.
SOBRE O SHOCHU
O shochu (lê-se “xôtyu”) é a bebida mais consumida no Japão, mas ainda pouco conhecida dos brasileiros. É um destilado que pode ser feito de diversos ingredientes, como batata-doce, cenoura, arroz, trigo, cevada, trigo-sarraceno, mandioca. É chamado de “vodca japonesa”. O teor alcoólico de 20-25% é relativamente baixo para um destilado.
SOBRE O AWAMORI
Assim como o shochu, o awamori é um destilado de arroz típico de Okinawa, província formada por um conjunto de ilhas ao sul do Japão, conhecida por ter uma cultura própria. Sua graduação alcoólica varia de 30% – 43%. É produzida a partir do polimento do arroz tailandês, de grão mais fino e com menos amido que o usado para os sakes. O grão precisa ser cozido duas vezes antes de ser destilado.
Kokushu: uma dose de Japão
Quando: 10 de agosto
Seminários: 15h, inscrições aqui. (você pode se inscrever no Seminário e também na Degustação separada ou conjuntamente).
Degustação e apresentações culturais: a partir das 18h30. Inscrições aqui
Onde: Nikkey Palace Hotel – R. Galvão Bueno, 425 – Liberdade, São Paulo – SP, 01506-000
Inscrições gratuitas
INFORMAÇÕES EXTRAS
Eleita melhor saquê do mundo, Dewazakura vem ao Brasil
Palestra Masumi Nakano, presidente da Dewazakura Sake Brewery Co.
O saquê Dewazakura Dewanosato, produzido na província de Yamagata, venceu o prêmio da categoria do Internacional Wine Challenge, uma das maiores competições de bebida do mundo, em Londres, no mês de julho. É a segunda vez que a Dewazakura Sake Brewery Co, instalado em Tendo, recebeu o prêmio. Em 2008, a fabricante havia conquistado o posto com o Dewazakura Ichiro.
“É muito emocionante vencer porque nosso esforço contínuo ao longo do tempo foi reconhecido”, diz o presidente da fabricante Masumi Nakano, que estará no Brasil para o seminário HOKUSHU – Uma Dose de Japão, em 10 de agosto, no Nikkey Palace Hotel. O IWC criou a categoria sake em 2007 e, desde então, tornou-se um dos maiores e mais importantes competições fora do Japão. Este ano, inscreveram-se o número recorde de 346 concorrentes, incluindo quatro fora do Japão, com um total de 1.282 rótulos.
Fabricante de Okinawa quer expandir bebida tradicional para fora do Japão
Palestra de Tsutomu OSHIRO, presidente do Chuko Awamori Distillery
O destilado de arroz awamori é a bebida-símbolo da província de Okinawa. Uma das principais fabricantes é a Chuko Distillery, que foi fundada em 1949, na capital Naha, com o nome de Tomigusuku Distillery por Chuko Oshiro.
Em 1989, a fabricante inventou uma cerâmica adequada para a maturação do awamori, inspirado em outras cerâmicas que eram produzidas no Sudeste da Ásia. A empresa desenvolveu uma cultura do awamori, típica de Okinawa. Agora quer expandir suas vendas para fora do território japonês.
Fabricante de shochu foi destruída três vezes
Palestra de Hisanori KOMAKI (Diretor, Komaki Brewing)
Fundada em 1909, a Komaki Brewing está localizada em Satsuma, na província de Kagoshima. Próximo à destilaria corre o rio Kawauchi, onde os pescadores retiram peixes, enguias e carangueijos Yamataro. Ao norte da fábrica ficam as montanhas sagradas Shibi, onde se encontram as águas que produzem o shochu. Embora a destilaria fique entre um cenário mágico no campo, já foi destruída três vezes devido a enchentes, mas foi reconstruída graças ao apoio da comunidade.