Projeto Bonsai Romã: o making of

 

Asadoya Yunta, tradicional música de Okinawa, em versão minimal, fez parte do projeto.

Unir musicalidades do Japão e do Brasil, numa fusão divertida e sem rótulos. Esse desafio foi assumido por um grupo de músicos que se juntou para pesquisar partituras e sonoridades e criar o projeto Bonsai Romã, uma alusão ao bonsai, uma arte japonesa, feito com uma árvore não nativa do Japão.

Magda Pucci, lider do grupo Mawaca, neste projeto se divindo entre produtora executiva, arranjadora de algumas músicas, pianista e tocando kotô, além do vocal.

A ideia original foi brotada pelo multi-instrumentista Carlinhos Antunes, que assinou a direção musical do projeto e que foi viabilizada por Jo Takahashi, então diretor de arte e cultura da Fundação Japão. Foram convocados três músicos do grupo Mawaca: Magda Pucci, cantora,  compositora e arranjadora, responsável pela produção executiva;  Gabriel Levy, compositor e acordeonista e Valéria Zeidan, percussionista. A eles se juntaram, Haikaa, cantora e compositora, atualmente em carreira solo internacional.

Carlinhos Antunes, curador musical do projeto, transitando por vários instrumentos de cordas.

Os instrumentos já indicavam como seria o universo musical deste projeto. Em cena, a kora (harpa africana); acordeon/sanfona (Brasil e Europa); viola caipira (Brasil); violão (Brasil); koto (Japão); saz (Turquia); cuatro (Venezuela); charango (Chile); alaúde (Marrocos); bodhrán (árabe); vibrafone (Europeu); derbak (árabe); pandeiro (Brasil); agogô (Brasil); tamborim (Brasil), taiko (Japão); bendir (Pérsia). Além disso, Haikaa contribuiu com diferentes técnicas vocais como o minyo (canto folclórico japonês), o canto lírico, o jazz e a MPB.

Haikaa: testando a voz em vários estilos, da música folclórica minyô, passando pelo enka e até baião.

Nos primeiros ensaios já se sentia, no entanto, a falta de um som grave, que foi complementado com a adesão de Marinho Andreotti, da Jazz Sinfônica, no baixo. Hoje, Marinho toca baixo acústico também no célebre Zimbo Trio.

Valéria Zeidan, transitando por vários instrumentos de percussão, dá o ritmo ao projeto.

O projeto foi acolhido pelo Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, para apresentação num domingo de abril de 2004. Como o Museu tem um grande jardim, onde ficaria o público, foi convidada a dançarina e coreógrafa Letícia Sekito para criar um dinamismo na ocupação deste espaço, traduzindo em movimentos as experiências musicais do grupo.

Gabriel Levy, no acordeon e na sanfona: o gingado brasileiro.

Neste making of, cenas dos bastidores, do ensaio e da preparação do show.

No dia, a TV Cultura gravou um especial, em grande estilo, que será mostrado em Jojoscope, na íntegra.

 

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