O Japão continua ainda fechado para entrada de turistas estrangeiros, e deve se manter assim até as Olimpíadas. Internamente, a situação da Covid é de relativo controle, com início da vacinação em meados de fevereiro de 2021. O Japão assinou contratos para adquirir um total combinado de 314 milhões de doses de vacina da Pfizer Inc e BionTech, AstraZeneca Plc e Moderna Inc – o suficiente para 157 milhões de pessoas. Segundo Hiroshi Yamamoto, vice-ministro da Saúde, até o final de junho grande parte da população japonesa estará imunizada.
O Japão é um dos países que ostenta baixos índices de mortalidade por coronavírus: 8.783 casos, no total de 12 meses, desde março de 2020. Mesmo o índice de recuperação é invejável: dos 453.616 casos, 430.771 se recuperaram. Os demais seguem em tratamento.
Também a corrida da tocha olímpica será realizada sem a presença de público, mesmo interno, e terá início conforme programado neste dia 25 de março. O ponto inicial da corrida é em Fukushima, em memória às vítimas do Grande Terremoto e Tsunami que assolou o país em 2011.
O COI – Comitê Olímpico Internacional e o CPI – Comitê Paraolímpico Internacional aceitaram a decisão do Japão, e respeitam a sua posição. Pesou bastante a opinião pública. Mais de 80% dos japoneses foram contra a realização dos jogos olímpicos com a presença maciça de visitantes estrangeiros, que poderiam propagar a Covid em proporções gigantescas. Após semanas de debates técnicos entre autoridades e sanitaristas, chegou-se à conclusão que essa fórmula seria a única viável para realizar a Olimpíada de forma segura.
Hashimoto foi categórica com relação ao controle de entrada dos atletas, que serão rigorosamente monitorados desde o momento de entrada no país. Mesmo familiares dos atletas estarão impedidos de entrar no país. “Não haverá exceções”, garante ela.
O próximo passo será estabelecer a cota de público para cada certame. Estima-se que os estádios serão ocupados por apenas metade de sua capacidade, para preservar o distanciamento seguro entre os torcedores. Contudo, havendo o recrudescimento da contaminação, ainda será possível a adoção de medidas drásticas como a realização dos jogos sem a presença de público.
A realização dos Jogos Olímpicos sem a presença de público estrangeiro é um caso inédito nos tempos modernos. O impacto gerado pela ausência de público externo será enorme na economia, que acreditava em uma retomada de crescimento com o evento.