Em devaneios sobre a vida futura no paraíso, fico imaginando que culinária eu degustaria por toda a eternidade. E uma delas acaba se impondo: a japonesa. Se, além disso, fosse-me dada a chance de escolher os chefs eternos, elegeria Shinya Koike e Telma Shiraishi, do Aizomê.
O restaurante repete a ambiência ascética e polida das casas japonesas tradicionais. O cardápio, porém, é cheio de surpresas, com mutações autorais e sensuais da culinária clássica, como as servidas no menu-degustação, com nove pratos divinos por R$ 190.
No paraíso, é claro, a degustação duraria para sempre —e eu não gastaria um tostão.
MELHOR RESTAURANTE JAPONÊS (JÚRI)
ALCINO LEITE NETO
EDITOR DA TRÊS ESTRELAS E ARTICULISTA DA FOLHA