Os japoneses são fascinados pela chuva. Há cerca de 400 denominações para diferentes tipos de chuvas, desde os tufões até os chuviscos. Muitas, de uma poética sem igual. O que dizer de Namida-ame (涙雨) chuva-lágrima, aquela chuvinha de pingos, que parece um choro rápido? Não é por menos que o escritor Tanizaki Jun’ichiro discorre sobre uma chuva por longas dez páginas em seu livro “As Irmãs Makioka” ( 細雪Sasameyuki), publicado pela Editora Estação Liberdade, e magistralmente traduzido por Leiko Gotoda. Também nas artes plásticas, e mais precisamente no mundo das gravuras, a chuva de primavera é retratada como um fenômeno […]