Tradicionalmente, a semana do dia 4 de maio era reservada para grandes comemorações no Jojo Ramen. Afinal, a data é o aniversário de uma das mais festejadas casas de ramen de São Paulo. Foi assim na abertura da casa, em 2016, e nos anos seguintes, quando foram programadas atrações animadas, como shows de tambores taiko, cantores/dubladores de músicas de anime, maciça presença de cosplayers e lolitas, regadas a drinques e petiscos de cortesia.
Mas 2020 pegou todo mundo de surpresa. Em meio às reuniões de programação do quarto aniversário chegou a notícia de que o coronavírus estava chegando ao Brasil. Algumas estratégias de emergência foram montadas, mas tudo foi em vão em poucos dias. A casa teve que fechar as portas para o público, e em vez de atendimento presencial, o Jojo Ramen e o Jojo Lab, recém inaugurado em outubro do ano passado, começou a operar para atendimento de delivery. Foi uma mudança radical na forma de atendimento do Jojo, mas por outro lado, este novo formato atendeu às muitas solicitações de delivery que já vinham chegando nas redes sociais da casa.
A questão técnica mais difícil foi alinhar a produção a cozinha com a logística de entrega dos pedidos. Outra questão foi o transporte do caldo, que exigiu um estudo mais detalhado da embalagem. Simone Xirata, sócia-executiva do Jojo Ramen, optou por começar a entregar primeiro os pratos sem caldo, até aprender o mecanismo das entregas. Em pouco tempo, praticamente todo o cardápio estava à disposição da clientela. Além do delivery, outra opção que o Jojo Ramen está oferecendo é o take away, que funciona no Jojo Lab (Rua Gandavo, 193, na Vila Mariana, em São Paulo). Por este sistema, o interessado se dirige até a loja, faz o pedido, aguarda uns minutos e já leva a comida embalada, quentinha, pronta para ser servida.
E os negócios, nesse formato, atraíram um novo perfil de clientes? Quem conta é a própria Simone Xirata, com quem conversamos sobre este novo momento e as perspectivas para o futuro.
“Mapeamos a chegada do Corona vírus ao Brasil desde o Carnaval”, conta Simone. “Analisamos a evolução da doença e o impacto em todo o Brasil e ficamos muito preocupados quando a Organização Mundial de Saúde decretou a pandemia, foi quando entramos em estado de alerta”, lembra. Nessa fase inicial, as casas em funcionamento e abertos ao público ainda, resolveram adotar algumas medidas restritivas, como o afastamento das mesas, sacrificando alguns lugares. Isso no início do mês de março. Naquele estágio, o Jojo Ramen e o Jojo Lab intensificaram as regras de higienização nas instalações, inclusive nas cadeiras e mesas, reforço na instrução para a equipe, com frequência maior para a lavagem das mãos. Numa etapa seguinte, a casa adotou uma redução de 30 a 40% na oferta de lugares no salão.
Já na terceira semana do mês, quando a maioria dos restaurantes decidiu fechar para o público, o Jojo Ramen também adotou o mesmo procedimento, passando a focar a operação exclusivamente no delivery.
O sistema de entregas havia começado, em caráter experimental, em dezembro de 2019. Sem muita divulgação, o delivery continuou operando no mês de janeiro, servindo os pratos sem caldo e os bowls de domburi (tigelas de arroz com topping por cima). “A intenção era aprender sobre o sistema, que era novidade para nós, e implementar o processo”. Só no início de março é que Simone resolveu introduzir os ramen com caldo, depois que testou a segurança das embalagens. “Mas naquele momento nem imaginávamos o que estava por vir”, lembra ela. Quando a pandemia começou a se impor forte em São Paulo, os ramen com caldo já estavam viajando pelas bikes com desenvoltura. A demanda que veio depois do fechamento das casas surpreendeu a equipe do Jojo Ramen. Simone confessa sua surpresa nessa nova fase dos negócios. “Tivemos que nos readaptar com o novo ritmo, redimensionando a equipe pois o processo de operação atingiu uma escala muito acima do projetado no início de operação do delivery”.
O novo formato da equipe foi aumentado às pressas. No início eram três na cozinha e dois no atendimento aos motoboys. Com a nova demanda, a cozinha foi ocupada por cinco profissionais, e o atendimento dobrou para quatro. Total 9. Muito menos do que quando os salões estavam abertos, é verdade, mas é praticamente um recomeço pautado na segurança. “Também na forma de lidar com os pedidos, introduzimos algumas mudanças. Por exemplo, agora acompanhamos 100% dos pedidos para evitar atrasos, monitoramos o percurso e ainda complementamos com hospitalidade”, comenta Simone. “É uma forma de mostrar que os nossos clientes continuam a ser acolhidos, como fazíamos nos restaurantes”, explica.
Algumas melhorias foram introduzidas também nos pratos. Por exemplo, o tsukemen, o ramen cujo caldo vai separado do macarrão, agora vai acompanhado por uma porção de água do cozimento do macarrão, para ser acrescentado na hora de servir. Detalhes que fazem toda a diferença. Também foram feitos testes para melhorar a temperatura da sopa, para que ele chegue na temperatura certa para o consumo.
E quanto à clientela de delivery? Mudou alguma coisa?
“Clientes tradicionais aderiram com facilidade ao delivery, inclusive a parcela de clientes japoneses, formada por expatriados de empresas japonesas. Durante o funcionamento dos nossos salões, a clientela japonesa preferia o atendimento físico nos restaurantes e quase nunca pediam delivery. Agora a adesão foi total, embora no início tivessem encontrado alguma dificuldade com os aplicativos, por causa da língua e a falta de costume. Mas superada essa fase, uma boa parte dos clientes foram convertidos para o delivery. Tivemos também o feedback dos clientes japoneses, que nos reportam como estão recebendo os pratos e o seu grau de satisfação, e com isso temos uma proximidade ainda maior com eles”, avalia Simone, com entusiasmo.
E novos clientes, estão surgindo?
“Sim, gente que nem conhecia um ramen, e resolvem experimentar, pela curiosidade também pelas postagens dos clientes, ações nas redes sociais. A nossa presença nas redes é essencial para impulsionar os negócios e incrementar a venda no delivery, pois agora, o acesso aos nossos pratos ficou muito mais fácil do que antes. Quem está dentro do raio de entrega (no início, 4 km a partir da cozinha do Jojo Lab, na Vila Mariana, e agora com acesso mais ampliado) acaba se predispondo a testar, pela comodidade e temos tido um retorno muito favorável aos nossos serviços. Há um crescimento de demanda espontânea, de boca a boca e também através das mídias de nossos clientes que somadas às nossas mídias, e comentários de alguns influenciadores geram um novo interesse”. É assim que Simone faz uma radiografia das tendências que estes novos tempos estão trazendo aos negócios.
Simone está cercada por uma equipe proativa, que está sempre sugerindo novas ações para melhorar o sistema e o serviço. Por exemplo, a ampliação da área de entrega, que foi um pedido insistente dos usuários. Através de uma negociação com o Rappi e a implantação estratégica de de mais uma cozinha de apoio, na Vila Olímpia, conseguiu-se uma ampliação considerável da área de atendimento. Agora são contemplados bairros como Brroklin, Granja Julienta, Campo Belo, Vila Madalena e Pinheiros, além dos bairros próximos à Vila Olímpia, como Itaim Bibi, Moema e Vila Nova Conceição. Além disso, é possível pedir de áreas até mais distantes, via Loggi. Presenciamos inclusive o interesse de clientes de outras cidades querendo receber Jojo Ramen em suas casas. Foi o que aconteceu com um interessado de Jundiaí, que não se importou em pagar uma taxa de entrega muito mais alta do que o próprio ramen.
E quanto ao aniversário do Jojo Ramen?
“Ficamos tristes por não poder realizar a comemoração dos quatro anos como planejávamos. Faz parte do nosso espírito realizar estas festas anuais, pois gostamos de eventos alegres e festivos. Neste momento, não vimos espaço para isso. Com certeza, no ano que vem, quando a situação se normalizar, e a questão da pandemia estiver sob controle, com certeza faremos uma super festa para comemorar e extravasar a alegria que ficou represada. Pensamos num yatai (barraca ao ar livre) repaginada, shows de tambores taiko, drinques, harmonizações, tudo isso no ambiente físico. Mas também pensamos em transportar a experiência que tivemos com o delivery e oferecer a possibilidade de participar dessa festa via online. Este ano fez muito sucesso o envio de um pedaço de bolo de nosso aniversário para os clientes que fizeram pedidos no dia. Esperamos repetir esta ação numa escala bem maior, tanto nas lojas como no delivery. Pensamos em promover a possibilidade de celebrar esta data na casa das pessoas. Imagino as lojas funcionando e ao mesmo tempo, podermos oferecer uma extensão dessa festa nos lares de nossos clientes que preferirem ficar em casa”, planeja Simone, com entusiasmo.
Dia dos Namorados
Enquanto este dia não vem, o Jojo Ramen lança pacotes comemorativos, como é o caso do Dia dos Namorados para o próximo dia 12 de junho. Para este dia, a sugestão da casa é um combo que vem com um pãozinho bun super macio com carne de porco muito bem temperada, um Jojo shoyu ramen (aquele que vem com o ajitama, o ovo cozido de gema cremosa) especial com um Bak Kut Teh (costelinha de porco cozida lentamente com especiarias perfumadas e que derrete na boca, típica da culinária de Cingapura), e de sobremesa, uma porção de Namachoco, com nada menos do que trës unidades, preparada pelo chef confeiteiro Cesar Yukio. Há ainda a opção do combo vir acompanhado de um bowl de cerâmica, assinado por Hideko Honma, e um hashioki (apoio para o hashi), também dela. Para quem quiser incrementar ainda mais, o Jojo ainda vai oferecer a opção do kit vir acompanhado de uma garrafinha de saquê, especialmente indicado pela sommelière Yasmin Yonashiro, e um buquê de flores.
Organizando, fica assim:
Kit 1 Básico: Entrada: Pork Bun com fatias de chashu, Prato principal Jojo Shoyu Ramen com topping especial de bak kut teh, e de sobremesa namachoco (ganache de chocolate fresco, 3 unidades) R$ 110,00
Kit 2 Harmonizado: Kit Básico + Sake Hakutsuru Jummai Namachozo draft R$178,00
Kit 3 Kit 2 Harmonizado +Arranjo Floral: R$ 218,00
Complemento Especial: Par de Bowls mais par de Hashiokis (porta Hashis) do Atelier Hideko Homma: R$ 200,00
Atenção: este kit do Dia dos Namorados deve ser reservado com antecedência, exclusivamente pelo telefone fixo (11) 5083-9837 ou whatsapp (11)94702-6250.
Para os demais pedidos normais continua valendo o acesso pelo Rappi.